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Mostrando postagens de julho, 2010

mesmo?

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acordei a mesma hora, enrolei o mesmo tempo. fui pr'aquela chuveirada que tem o poder de animar a enfrentar o dia - mesmo que só te acorde. coloquei a mesma calça, usei os mesmos traços de maquiagem, reclamei no mesmo horário que toda vez que me enrolo, me atraso. mesmo repetindo a rotina ruim, pulei para a rotina boa: falar com você todo dia, na mesma hora. mesmo você não respondendo, dirigi meu carro através da mesma rua quinze de novembro para chegar no meu destino, encontrando tudo do mesmo jeito que eu deixei. rotina é mesmo um saco, mas se ela funciona, dá aquele mesmo medo de sempre: tenho que mudar mesmo? todo o todo fluia naturalmente, com excessão à boa rotina. mesmo sabendo que pela frente teriam horas e muito mais do mesmo, comecei a ansiar pelo fim do dia, mesmo sabendo que o seguinte seria paralelamente igual. eu queria a minha parte boa! mesmo com as mesmas conversas, mesmos risos e concordâncias, era a parte boa. pensei em apelar e tentar outra vez - mesmo não simp

a gente vai rir disso tudo

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Não que quisesse chorar ou deitar horas olhando para o teto - ignorando a bagunça ao redor e perguntando o por quê. Por menos que indague, sempre vem aquela dúvida cruel de por que as coisas tomam um rumo absurdo enquanto você pisca.  O que será que deu errado? Pior, o que foi que eu deixei de fazer para que o vento batesse e levasse tudo? Sei da minha competência em lembrar de cuidar do meu espaço: fechar e abrir as minhas janelas conforme as conveniências no nosso egoísmo diário. Sei trancar a porta, sei esquecer aberta de propósito e, às vezes, distribuir as chaves. Confio também na voracidade com a qual as peço de volta, muitas vezes sem motivo aparente.  Sujeiras mínimas me incomodam, e essas coisas, a gente evita. Mas, despretenciosa, me pego virando e arregalando os olhos quando o vento lá fora bagunça aqui dentro; não que eu não estivesse precavida, mas não há como não lamentar. Não há uma única pessoa que não sinta preguiça de reerguer tudo.  Mas, sinceramente? Não te