cabo de guerra
por mais sentimentos desconhecidos que nós descobrimos, quanto mais anos colocamos na mochila e aprendemos a abstrair.. eu tenho esperado menos sorrisos do que antes. a linha tênue do balanço universal sempre repetido:
"O universo sempre dará um equilíbrio",
chega a me congelar quando penso nos momentos felizes que tenho tido.
filosofando dessa maneira, receosa, tenho criado menos expectativas nas pessoas. pela primeira vez em vinte e dois anos de existência, agi mais com coração do que com cabeça - e descobri de fato o porquê de não fazê-lo antes: o universo resolveu me dar alguns bons momentos ruins, para balancear.
das novas descobertas, vejo que buscar em outros o que sobra em mim cansa. a parte que nos toca são ainda as tentativas.
antes parecia tão sábio e gigante ser assim. e era. hoje parece tão absurdo ter cedido.
do novo peso na mochila, percebi que não me importo mesmo em ser a malvada. em relacionamentos, eu sou sempre essa: a que destrói. de todas as formas. o problema será que não sei amar pouco, mas sei demonstrar pouco - e por isso, ganho um tridente e moro no inferno.
eu preciso parar.
o meu coração só diz isso.
"pára um pouco."
"deixa um pouco."
"vive um pouco."
"vive por você."
"se não não sobrevivo."