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Mostrando postagens de dezembro, 2009

quem acha, procura

achou que tinha achado quem queria. mesmo assim, achou melhor que se ocupasse a mente com afazeres, desimportâncias ou porcarias, esqueceria. quando achou que a tática começaria a falhar, achou que definitivamente sim, era quem ele queria. ou pelo menos era o que ele achava. quando as primeiras, segundas, terceiras impressões passaram, ele começou a achar que tinha errado. mas achou que poderia insistir. por acreditar tanto no que achava, esqueceu que não tinha certeza e, quando a teve, achou que era certeza demais. achou que ia enlouquecer...até que, o tão-certo-bem-querer, achou que ele não mais a queria, achando assim, melhor partir. ele achou que esqueceria, tal como antes.. e achava que não tinha que procurar nada. mesmo que às vezes, achasse que seu pecado maior era procurar tanta coisa pra achar.

nada, tudo

superficialmente, a gente tem a pretensão de dar os passos que a gente quer. apenas no fundo, a gente acha que controla tudo o que tem em mãos, se é que tem em mãos. no fundo, bem no fundo, a gente sabe que não sabe de nada. e na verdade, bem na verdade, a gente nada conforme a maré chega: fazendo o possível e impossível pra não se afogar...ou não deixar que o afogamento deixe de ser tragédia e se torne algo... tão tentador.

um certo incerto

pode ser que eu te ache diferente. pode ser porque você me tratou diferente. pode ser porque, quando parece que você simplesmente não se importa, você mostra o contrário. pode ser por suas aparições repentinas... porque, obviamente, não são pelos seus sumiços.  pode ser porque a distância real tornou a pseudo intimidade bem mais fácil: se você estivesse aqui, talvez seria tudo ainda mais difícil. menos certo. menos forte. menos cativo. apesar de seus traços serem um ponto de interrogação para meus olhos, a pretensão de te entender por dentro chuta todo o incerto e corre para ansiedade de destruir tudo o que é difícil. toda distância, saudades e seus eteceteras. pode ser que eu erre. pode ser nunca aconteça. pode ser que destrua tudo o que há de bom. podia ser qualquer coisa, contanto que fosse, seja lá o que fosse.