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sessenta dias

Sessenta dias que os gols do Corinthians tem menos graça e ninguém xinga o Tite, que o açaí ficou mais amargo e a metade da pizza não é mais de margher ita. Que o controle da tv não tem dono. Sem torradinhas. Sem bauru com tomate. Sem UFC. Sem filme do Steven Segal. Oito semanas de short curto sem reclamações, de zero tapinhas nas costas e nenhum grito de “a Tati chegooou!”. O carro está com uns barulhos estranhos, os domingos vazios, e seu nome não pisca mais no meu celular todos os dias. Foram sessenta dias que as cores perderam um tanto de contraste. Que os ventos mudaram de significado, que as fotos trazem o choro. Que os pedidos antes do sono são para o inconsciente, pra sonhar com você. Já são sessenta dias, e o entendimento das coisas ruins nunca chega. E o que mais incomoda não é a falta ou saudade, e sim, tudo de bom que está por vir sem você aqui, junto. Mas de uma coisa, eu tenho certeza: perto, sempre estará, dentro do meu pensamento, do meu amor eterno. Do
A verdade é que só volta pra você, aquilo que nunca quis partir.

um ano

Que os últimos beijos, abraços e 'eu te amo' permaneçam arrebatadores: disfarçando a falta, driblando o vazio e nutrindo a fé e o amor de quem acredita que esses não foram os últimos. Eles marcam apenas uma pausa para quem, com toda certeza, se ama muito além dessa vida.

Tem coisa

Tem coisa que não dá pra descrever. Você só sente uma coisa te consumindo, te coisando tudo. E vira essa coisa: quanto mais você quer descrever, mais coisa diferente sente. Que coisa.

Respira

Quando não tiver mais jeito, respira. Respire o suficiente até reconhecer que tentou tudo a ponto de te faltar o ar.

Nota

De qualquer forma, lembre-se sempre: só te machuca quem você deu poder; não é inteligente tomar decisões quando se está nervoso ou triste, e que o perdão nunca significou, nem significará esquecimento. A verdade é que, no meio da tormenta, não é confiável acreditar nos nossos desejos. Nossas grandes vontades são despertadas nos momentos mais sublimes, imersos e verdadeiros, que começam com nossas queridas e esperadas gotas d'água. 

Se...

Se uma palavra pode mudar tudo, imagina uma atitude.

Pra que falar?

Toda vez que ousamos dizer o que sentimos nós aceitamos o risco de que o sagrado do sentimento seja banalizado.  Vez em quando convém o silêncio, a convivência solitária que nos ajuda a desvendar o enigma que nos habita.  Nem tudo o que sentimos é verdadeiro. O ódio, por exemplo, pode ser um amor disfarçado. O sentimento que nos parece tão convincente pode ser um impulso provocado pelas forças do instante. Somos vulneráveis às invasões de olhares, palavras, situações. E tudo isso passeia pelas nossas veias, viaja em nós.  E por isso necessitamos da introspecção silenciosa. Só ela é capaz de desconstruir os equívocos que alimentamos, e expulsar o que não nos pertence. Não tenha pressa em publicar suas alegrias ou tristezas. Conviva com elas antes de colocá-las nas janelas da vida. Nem tudo a palavra sabe dizer. E ainda que saiba, nem tudo precisa ser dito. (Padre Fábio de Mello)