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Mostrando postagens de setembro, 2007

te odeio porque sim

odeio o seu olhar tudo-bem-posso-te-ajudar. não suporto o fato de você sempre se contentar com pouco e querer que eu entenda quando suntamente, você quer muito. te odeio porque sim. odeio o jeito como tudo seu é maior, mais importante, dói mais. como cada coisa a qual cabe perfeitamente no seu enredo quando lhe convém. e quando se torna alheio, no caso eu, é apenas detalhe, mera coincidência, mal entendido. eu odeio quando você pensa que poderia ser como antes em fração de milésimos. odeio mais ainda quando você transforma o morde-assopra em arranca-pedaço-assopra. odeio sua falta de noção das palavras tempo, espaço, de velocidade. odeio a sua falta de atitude, a sua falta de coragem. odeio os seus medos. e o fato de você ter tanto medo. tenho horror desse seu jeito protetor falho e instantâneo. desse seu jeito onipotente. na verdade, eu odeio mais o fato de você não conseguir ser tão onipotente e ainda continuar falando comigo como se tivesse 25 centímetros a mais do que

...

. fere de leve a frase.. e esquece. nada convém que se repita. só em linguagem amorosa agrada a mesma coisa cem mil vezes dita. .

atoleiro de felicidade

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é engraçado como a gente se perde e se encontra em pessoas. como chega-se a pensar que nunca vai gostar tanto de alguém quanto a última pessoa a qual dedicamos certo amor. que depois de certo tempo, tudo fica banal e sem graça. a gente se perde mesmo.  e sai em fuga.  e se atola em si mesmo. tem sorte quem se reencontra. especialmente em alguém. um alguém que caia no atoleiro - ou que te puxe;  ou quem faça dele o melhor lugar. alguém que só pense em te proporcionar carinho recíproco ao que você proporciona - reciprocidade é tudo. gravidades desaparecem como água no calor.  banalidades mal são vistas, e se vistas, são mal vistas. consideração cresce como a erva daninha mais linda - que nem deve ser podada. quando a gente acha esse alguém, nada mais certo do que regar tais ervas daninhas. quando você já se vê responsável por quem te salvou do atoleiro, só te resta cativar para sempre - um trabalho nada árduo para quem detesta se perder sempre, o tempo todo.