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Mostrando postagens de setembro, 2008

carta antecipada ao papai noel e 2009

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por meio desta encareço-me e longe de qualquer reclamação ou questionamento de qualquer-coisa-que-custou-alguma-coisa, prosperar para o ano seguinte, já que o sinto chegar junto com o calorzinho modesto da primavera-verão, com a aguardada aterrissagem do décimo-terceiro e os cheques pré-datados que já mostram tais dias no seu canto direito inferior. que o futuro próximo venha silencioso, calmo, andando devagar e falando baixo. chega de correria, de "preciso fazer antes disso ou daquilo.". que dê tempo de compreender. se puder que seja acompanhado por rosas, lírios, tulipas, girassóis e toda a sorte de flores do mundo. que o cravo não brigue com a rosa embaixo de uma sacada. que a rua fique ladrilhada de pedrinhas de brilhantes enfeitando quem eu quero ver passar. que músicas não sejam divididas por velocidade - muito menos por animaizinhos super dotados. que tenham harmonia. que os abraços, idéias e vontades de mudar tudo naquela manhã de segunda não fiquem trancadas nas gave

reações

qual o poder tdo teu som? a pensar que um dia tiveras um dom: a palavra por ti emitida, soava mais como solução do que apenas saída. qual o poder da sua vontade? houve tempos milagrosos de desigualdade eu, inerte nunca atropelaria tuas verdades. qual a força das tuas ações? apontadas sem direções, rumos ou razões ricocheteiam miradas e poderosas contra o ponto de onde partiram. poderes, hei de discordar da fantasia: permaneçam dentro - despertos ou dormentes, e que mais nenhum lhe seja dado. qual o poder da sua dor? equiparada ao que já fora visto do seu valor, tua dor é meramente reflexo, claro e puro rancor.

maravilha de amiga

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quem me dera se eu tivesse uma maquininha de voltar no tempo. por você eu voltaria. no tempo que você caia de verdade, com a sua falta de habilidade para andar sobre um salto de 8cm. seu saltinho entortava de verdade e no desespero você se agarrava em mim, quase me derrubando, para não se estatalar no chão. sem sucesso, eu mesmo assim voltaria só pq lá eu sempre estava pra te erguer. não como hoje, não como todos os 'hojes' atuais. ah, se eu tivesse essa maquininha, voltaria quando nossos horários eram baseados na hora q a piscina abria ou fechava, e você, cara-amassada, dormia torrando no sol. voltaria apenas um minuto - antes de me arrepender de ter voltado - para a sua eterna ausência de créditos no celular e a infinita insistência de dar toques no meu. eu voltaria para qualquer momento, nosso primeiro forró, nosso primeiro porre, nossa primeira briga..q nunca tivemos? eu voltaria. pq sinto saudades enormes e gigantes de tudo, e de quando você fazia parte do meu tudo. saudad

contrastes

para ela, em sua herança, não existia nada mais desconfortável do que ficar em território hostil. em lidar com o inesperado. nesta situação, cercada de semelhanças e paralelos, nunca há de se ter certeza do que se encontrar em cada esquina. e cada uma delas tem um desconhecido e qualquer semelhança é mera coincidência: uma mulher com pernas de fora e cabelo até na cintura pode até não ser mulher. pode ser alguém q foi assaltado a três esquinas precisando de ajuda. pode ser a famosa que se vende. pode ser aquela com distúrbios mentais. pode ser alguém ausente de vergonha com simples calor. talvez um merchandising. pode ser. e haverão várias, várias esquinas. por mais que a dúvida paire sobre ela nos momentos mais negros, é o território que ela escolheu - que, apesar da diferença constrastante com a sua vida - ela tinha era uma puta paixão pelo desconhecido. de sua curiosidade ter poderes para colocar a sua interpretação em cima daquele ser parado na esquina. e em todos os outros q