Postagens

Mostrando postagens de 2010

Amanhã será um lindo dia

Imagem
Ao mesmo tempo que a gente tem que aproveitar o hoje, é inevitável planejar e sacrificar um pouco do hoje por um amanhã melhor. Mas e se não tiver amanhã? Se não tiver amanhã, vc aproveita o hoje, oras. Mas se o amanhã existir e você não tiver planejado, vai ser um hoje infinito..que nunca vai melhorar ou mudar de lugar. Quando passar, tudo vai virar ontem. E ontem não serve para nada.

where?

Imagem
from: http://xkcd.com/1/

resumindo

"O que concluímos é a grande força que você cede àqueles que do seu lado estão e o quão importante você se torna para eles. O quanto você faz falta para aqueles que talvez - por infelicidade do destino - não compartilham tanto dessa força mais, mas a sente, mesmo longe de tudo, apesar de tudo."

sonhos

Imagem
sonhar com os olhos abertos é praticamente automático, mesmo que você não seja lá uma pessoa que trace todos os seus planos futuros. não que isto vá mudar grandes coisas, pois existe a certeza de que alguns são extravagantes e talvez, impossíveis - mas há sempre uma pequena percentagem do desejo que é passível de ações e determinações. o motivo de uma existência é perseguir por estes sonhos, sejam eles quais forem. a satisfação de busca e conquista é saúde para nossa consciência. no que diz respeito a olhos fechados - se existe mesmo alguma explicação - abdicaria de quaisquer manifestações dessa loucura de subconsciente. desde a sanidade zero e a sensação que não pregou o olho a noite inteira, estes sonhos são perigosos e talvez tendenciosos. podem mostrar algo implícito que você mal percebia - porque assim seu consciente queria. não que isso vá mudar grandes coisas, afinal, se já enlouqueço com o que sonho de olhos abertos, imagina o que aconteceria se desse muita atenção para aquilo

além do que se vê

além do que se vê deve existir um pouco mais de calor. de amor. de dor. além do que se vê deve existir mais vontade. liberdade. desespero. tenho olhos sadios que sofrem de uma cegueira seletiva. os sintomas mais graves: desejar tudo aquilo que nunca deveria ter visto.

pratos

Imagem
por mais que sejam grossos, finos, rasos ou fundos, todos eles têm aquela delicadeza. sejam nos pequenos detalhezinhos da superfície ou até mesmo a base que os fazem sustentar-se, são sutis e úteis - desde que se faça um bom uso deles. não importa o quão refinada seja a matéria-prima ou o acabamento: se não existir um cuidado, mesmo que mínimo, podem surgir avarias. eles não gostam de violência, movimentos bruscos e de objetvos cortantes. mesmo que a superfície aparente ou esteja preparada para resistir à estes inimigos, nunca é sabido o quão profundos estes danos podem ser, afinal, a sutileza encobre as cicatrizes e a dependência de sua utilidade faz com que mal possamos enxergar, sequer, que eles não estão operando com cem por cento de aproveitamento. assim, exaurimos até o último suspiro de suas habilidades, até por não termos o hábito de restaurar coisas substituíveis: apenas as substituímos. afinal, uma vez trincados, danificados ou quebrados, nunca mais são os mesmos. assim

mesmo?

Imagem
acordei a mesma hora, enrolei o mesmo tempo. fui pr'aquela chuveirada que tem o poder de animar a enfrentar o dia - mesmo que só te acorde. coloquei a mesma calça, usei os mesmos traços de maquiagem, reclamei no mesmo horário que toda vez que me enrolo, me atraso. mesmo repetindo a rotina ruim, pulei para a rotina boa: falar com você todo dia, na mesma hora. mesmo você não respondendo, dirigi meu carro através da mesma rua quinze de novembro para chegar no meu destino, encontrando tudo do mesmo jeito que eu deixei. rotina é mesmo um saco, mas se ela funciona, dá aquele mesmo medo de sempre: tenho que mudar mesmo? todo o todo fluia naturalmente, com excessão à boa rotina. mesmo sabendo que pela frente teriam horas e muito mais do mesmo, comecei a ansiar pelo fim do dia, mesmo sabendo que o seguinte seria paralelamente igual. eu queria a minha parte boa! mesmo com as mesmas conversas, mesmos risos e concordâncias, era a parte boa. pensei em apelar e tentar outra vez - mesmo não simp

a gente vai rir disso tudo

Imagem
Não que quisesse chorar ou deitar horas olhando para o teto - ignorando a bagunça ao redor e perguntando o por quê. Por menos que indague, sempre vem aquela dúvida cruel de por que as coisas tomam um rumo absurdo enquanto você pisca.  O que será que deu errado? Pior, o que foi que eu deixei de fazer para que o vento batesse e levasse tudo? Sei da minha competência em lembrar de cuidar do meu espaço: fechar e abrir as minhas janelas conforme as conveniências no nosso egoísmo diário. Sei trancar a porta, sei esquecer aberta de propósito e, às vezes, distribuir as chaves. Confio também na voracidade com a qual as peço de volta, muitas vezes sem motivo aparente.  Sujeiras mínimas me incomodam, e essas coisas, a gente evita. Mas, despretenciosa, me pego virando e arregalando os olhos quando o vento lá fora bagunça aqui dentro; não que eu não estivesse precavida, mas não há como não lamentar. Não há uma única pessoa que não sinta preguiça de reerguer tudo.  Mas, sinceramente? Não te

a tal da saudade

Imagem
a insistência estúpida - de sempre - em tentar explicar o que é saudade.  o que é esse buraco, esse vazio imenso que assola quando pensa-se naquilo ou naqueles que fizeram questão de conseguir um espaço e logo, ou até muito tempo depois, precisaram de seguir em frente.  um "frente" que não nos pertence, pelo menos não por enquanto. dirão que o tempo cura ou passa; não. o tempo só faz você se lembrar menos. tão óbvio que quanto menos penso, menos dói. mas quando recordo, dói em dobro. e de que adianta? saudade é dor? é agonia? é lamento? posso discordar, mas não completamente. afinal não há nenhuma saudade que não tenha uma pitada de melancolia. e tão fácil ela vem, sem pedir para entrar, e vai, ou se esconde - mal educada. tanto quanto aquilo ou aqueles que, sem que você queresse ou deixasse, partiram. e só deixaram você aí, com a tal da saudade.

eu

Imagem
eu derramo. eu esparramo, eu faço birra e quero colo. eu me importo, eu desdenho, faço pose e despenteio. eu não me amo, me admiro, não gosto de mim e me exalto; eu debocho, faço graça de desgraça, vou pro inferno e não me importo. eu não me arrependo, não perdoo, eu peço desculpas e não erro de novo. sou carente, sou devota, sou babaca e idiota. não peço, nem insisto, e facilmente, eu desisto. me apego, desapego, sou nostalgica e encanada; preocupada, antenada, com a cara de quem não liga para nada. interessada, estressada, eu mudo tudo, toda hora, toda vez, a troco de nada. se sou gelada, é seu critério. gente preguiçosa não me agrada.

saudades do futuro

acordar melancólica. é o dia que não pensamos no que temos ou no que poderemos ter - apenas lamentamos o que teríamos caso o acaso não tivesse interferido. estou com saudades, hoje. saudades de tudo que poderia ter sido, saudade de alguma coisa que não se sabe como exatamente era -- porque não houve tempo para saber como seria. havia a expectativa. mas o que não se concretiza, frustra -- excepcionalmente quando se percorreu um caminho ansiando para que aquilo valesse a pena. e o que sente-se enquanto se ansia é tão bom.. que dá saudade. saudade do que nunca chegou a realmente ter. saudades de um futuro... que nunca vai chegar.

amanhã é 26

Imagem
amanhã é vinte e seis. mamãe já disse que os 25 já foram e que hoje, começam meus vinte e seis. vinte e seis. um quarto de século. vou contar uma novidade para vocês, choquem: o tempo passa rápido demais. tão rápido que você ainda escuta o eco das pessoas dizendo que é melhor idade, melhor época, melhoooor or or or. por que? honestidade reinando, eu tenho medo. medo de formar, medo de não formar, medo de pressão, medo da falsidade que você enxerga quanto mais velha você fica, medo de ser tia antes de ser mãe. analisando, eu dizia há uma década que hoje eu gostaria de ser mãe. mãe do que, jesus? existem dias que eu acho que mal consigo cuidar de mim e quero gritar a minha mãe. ou fazer birra porque não me dão o que eu peço. ou entrar no supermercado só na parte de doces. ou só ir na escola. ou ser pura e inocente e usar disso para resolver todos os meus problemas. PARA O MUNDO! eu quero descer, eu não quero vinte e seis. eu quero é ter quinze e achar que com vinte e cinco, eu já teria u

juízo

desfaço com culpa de ré e refaço com certeza de inocente. não que realmente seja, mas todo mundo é inocente até que... duvidem. não importa o quão onipresente se é para que sementes de discórdia preencham os nossos pequenos espaços de ausência e semeiem julgamentos que caibam à falha, mas esquecem do quão certo você tem sido. ser posto a prova - não importa o quão certo você esteja de que pode passar - é sempre difícil. porque você nunca foi inocente. mas o simples fato de ser descreditado te faz querer desfazer tudo. até o que você não fez.

carta de agradecimento ao papai noel

o óbvio é tão tedioso, papai noel. está certo que todo ano faço alguns mesmos pedidos que você com certeza lê pensando blá blá blá, mas outros, você me atende, e desta vez, essa cartinha vai numa época que você só vai receber o IPVA do diabo do troço que você usa para se locomover (não que eu me importe), mas é uma cartinha para te agradecer, pai noel. obrigada, por ter atendido meu pedido de um ano tranquilo, onde meu couro cabeludo não teve que presenciar tentativas de surgimento de companheiros albinos. obrigada noel, por cumprir sua promessa de um grande ano profissional onde todos os meus queridinhos notaram os esforços e, finalmente, me deram um panetone de natal. obrigada velhinho, por iluminar a minha vida amorosa e deixar tudo tão claro...que eu mal pude enxergar. obrigada seu velho gordo, por me deixar clara e certa de que, esse ano, eu possa ter escolhido o curso errado da minha faculdade tão baratinha. obrigada, seu safado, por nem aparecer este ano. assim, de qualquer for