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Mostrando postagens de novembro, 2011

televisão

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diante de uma calma desesperadora, vejo-a como se tivesse no alto, em um plano B, um mundo paralelo, um outro lado. quando foi que tudo passou a parecer tão insípido?  vejo-a distraída com poucas coisas importantes, valorizando enganada algumas estranhezas que não procedem. por que diabos essa menina deixou de ser transparente? nem sempre foi, afim de proteger-se, é verdade - mas ela demonstra não se sentir transparente.  ela desvia o olhar toda vez que tende se importar. quando foi que tudo passou a parecer tão ameaçador?  sempre conduziu esse filme e  nunca fora medrosa - ao menos, sempre passou essa impressão para mim que a assisto - mas vê-la arredia é como se ela fugisse de toques por medo de explodir. e  como dia torna-se noite, quer tudo que lhe é por direito por perto. de onde vem tanta possessividade?  nunca se preocupou em deixar os outros irem -  agora teme por quem pode nunca mais voltar.  e como uma bomba relógio, suplica pelos olhos que a desarmem. e l

não

por mais das incontáveis as vezes que não pude deixar de te dizer sim, hoje digo não -  não que outras vezes servira e que você merecesse o sim. mas é que d'outras vezes eu não fui capaz de dizer não  - era só eu quem não queria aceitar o quanto  não valia a pena.
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Às vezes, você tem que esquecer o que você quer para começar a entender o que você merece.
A minha coragem acaba onde começa a sua.

me leve, por favor

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- toma. pega.  se passo correndo a mais de cem por tanta gente, porque meu deus, você não se interroga como estaquei-me justo em você? - pode pegar, eu não mordo não.  às vezes posso ranger e mostrar os dentes - eu não sou indefesa. mas isso não quer dizer que eu não quero que você tente.  - estou garantindo, pode fazer carinho.  quando pisco ou finjo que não olho, não é desdém: é pra você exigir minha atenção e eu corresponder o meu afago na base do tato. - e vai, logo, me pega no colo.  se até agora não corri - não passei, não mordi e contorço toda vez que me acaricia, é absurda a nitidez do quanto exprimo dessa vontade.  eu? eu não posso pular. não que eu não queira -  mas e se essa for minha última vida e você não me segurar?