a gente vai rir disso tudo


Não que quisesse chorar ou deitar horas olhando para o teto - ignorando a bagunça ao redor e perguntando o por quê. Por menos que indague, sempre vem aquela dúvida cruel de por que as coisas tomam um rumo absurdo enquanto você pisca. 
O que será que deu errado? Pior, o que foi que eu deixei de fazer para que o vento batesse e levasse tudo?
Sei da minha competência em lembrar de cuidar do meu espaço: fechar e abrir as minhas janelas conforme as conveniências no nosso egoísmo diário. Sei trancar a porta, sei esquecer aberta de propósito e, às vezes, distribuir as chaves. Confio também na voracidade com a qual as peço de volta, muitas vezes sem motivo aparente. 
Sujeiras mínimas me incomodam, e essas coisas, a gente evita.
Mas, despretenciosa, me pego virando e arregalando os olhos quando o vento lá fora bagunça aqui dentro; não que eu não estivesse precavida, mas não há como não lamentar. Não há uma única pessoa que não sinta preguiça de reerguer tudo. 
Mas, sinceramente? Não tem problema. No final, vou rir disso tudo. 
Otimista, sei que toda vez, a casa vai ficando mais bonita, forte e mais protegida por dentro. Não que eu goste de oferecer muitos mais obstáculos pra'quele que queira entrar, é só mania de organização e simpatia a preguiça de reconstruir.
De resto, só azar de quem ficou pra fora. Hahaha. 
Olha só, já estou rindo!

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