reflexões
de fila de banco. não existe nada nesse mundão-de-deus que contrarie as leis do relógio tanto quanto uma fila de banco. acredite: há quem consiga fazer uma vida passar ali. e o que dirá se estes forem próximos a quinto-sagrado-dia-útil. ar condicionado salva. você consegue ver esperança nas coisas. a fila dos privilegiados funciona, e automaticamente você fica feliz por eles, pela mulherzinha brega grávida. os caixas digitam rápido - algo soa na sua cabeça de que você aposta que aqueles ali nasceram datilografando (yes, anos 80 ainda). há a perspectiva de que sua vez está se aproximado rápido, ninguém ainda falou ou reclamou do sistema até agora. não é você quem vai começar. nossa que frio que está. o desconforto assola. o caixa inventou de conversar com um conhecido apenas dele e prejudicam as milhares de trocentas pessoas que tão na fila. "pelo menos eu não tô lá atrás!", aquela coisinha sarcástica. você começa a lembrar de tudo o que ainda tem que fazer naquele dia e os mi...