vamos?



queria brincar de me esconder no mesmo lugar sempre e ninguém suspeitar. vamos? 
vamos brincar que o mundo é bom, que ninguém engana ninguém,e que você não é obrigada a aceitar atitude de quem vive um mundo de faz de conta? 
queria brincar de morrer de raiva, de matar de ódio e de fazer justiça com as mãozinhas unidas por escolha.
ou se não, vamos brincar que a gente machuca mas não dói, que a gente sofre mas não lembra, que a gente quebra, mas cola? brincar de casinha que não tem contas pra pagar, sujeirinha pra limpar e maridinho pra esperar? vamos brincar que o que mais vale é a palavra, e não a cor dos olhos ou a cor do dinheiro?

vamos brincar que lágrimas podem ser só de alegria?

brincar de comemorar os passados que pareciam completos, de futuro que parecia próximo e de presente que não parecia mentira. eu ainda quero! 

mas não consigo brincar de fingir que não canso. 

e se toda brincadeira tem um fundo de verdade, vamos brincar de falar verdades para pessoas que pensam que a vida alheia é uma brincadeira?
vamos.

*inspirado na crônica de hilda hist, "tô só", de 93.

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