criando coragem, a gente que não-sabe-se-sabe-o-que-quer fica idealizando algumas noitadas perfeitas, daquelas de contar, chorar de tanto rir ou de tanta vergonha. planeja-se dançar, não ficar de ressaca ou parecendo um panda no dia seguinte. planeja-se o tipo de calcinha, o tipo de salto e até - pretensiosas - as dores possíveis vindas de tal salto: a gente dá um jeito de levar um chinelinho. ainda que assim, planeja-se não planejar, o que vier de bom a gente aproveita e o que de ruim aparecer, a gente mete o pé. nos unimos com companhias semi inseparáveis para parecermos mais fortes, mesmo que não precisemos. é bom espantar quaisquer rumores de vulnerabilidade. durante o percurso, a gente precisa de coragem. coragem de dizer não de lá, jogar um sim para cá e mais coragem ainda para ser arrastada para longe do batalhão. ficar um contra um. mas você já disse sim e pega ali naquela situação de entrega ao ainda-inimigo, não existe uma ou duas pingas que não façam ele...