disfunções

frio na barriga. corpo estremecido. mãos suadas. está frio, mas acho que o calor que sinto é demasiado e excessivo. não é febre, mas ferve. não houve fatores etílicos que pudessem fazer efeito tão rápido, mas a maldição de perder controle nas atitudes começa a tomar conta dos braços, mãos e dedos que, por todo minuto, tentam encontrar uma forma de se manifestar. pegam o telefone, tentam escrever. as pernas estão desobedientes. começou a ficar preocupante: afeta minha memória de certa forma. logo eu que lembro de tudo, fico repetindo a cada hora o que vou dizer, como vou me comportar e como vou agir. que não seja problema em minha memória, por favor! pode ser mania de perseguição. ouço barulhos e acredito sentir alguém chegando. sempre o mesmo alguém. posso ter comido algo vencido, um boi, uma capivara, um elefante! por que raios essa ventania no meu estômago não passa? não é diarréia, mas coisas voam em meu interior. não pedi para me sentir assim, muito menos nada fiz: estive repousando por muito tempo. pode ser uma virose que entrou sem bater, mas não está passando rápido como de costume. mas que não seja gripe, ou nada permanente. tenho medo desse tipo -- daqueles que se sobrevive só com total depedência da presença da droga do antídoto. daqueles que viciam e você não vai querer largar mais; tenho medo desta parte do processo: a abstinência é horrível, e vai fazer você ter que repousar..

Comentários

  1. Às vezes, esse mesmo maldito e viciante antídoto que nos libertou de uma situação é o que acaba gerando uma próxima algum tempo depois...

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  2. “A adrenalina da ilusão faz sonhar;
    A loucura da razão faz sorrir;
    A efemeridade da paixão faz chorar.”
    João vitor rocha

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