ainda que..

ainda que ela se esforce para esquecer - e não conseguir, - partindo para conjugar o fingir que nada aconteceu, ainda que ela consiga abstrair a ardência dos olhos e não lembrar que eles ardem pela quantidade de "água" que saiu por culpa não dela, ainda que ela saiba que há a possibilidade grande de isso ser apenas uma vírgula breve, ainda que ela saiba que falta pouco para tudo virar ponto final...
ainda que mesmo assim ela só coloque na lista de mp3 só as músicas que lembrem dele, ainda que a raiva que ela sente da idiotice que aconteceu passe de novo - após lembrar-se dela de novo. ainda que ela não se sinta mais invadida cada vez que ele fale com qualquer pessoa que faça parte do mundo dela, ainda que ela não queira mais se esconder, que não se importe em contar pra ele quão "bem" está a sua vida, que ela não tenha medo dele estragá-la de novo, ainda que ela não sinta mais vontade de nunca mais olhar pra ele, ainda que ela não ache mais que ela pode ser feliz com outras pessoas ou sozinha, mas só com ele, ainda que ele volte a inspirar boas idéias e não só textos inúteis feito esse, ainda que ela consiga ser melhor do que ela é sem ele, ainda que ela olhe pra ele e pense que ela não deveria sentir o que ela sente e esquece de sentir, e que ela deveria ser maior do que tudo isso, que ela deveria deixar pra lá, ainda que ouvir o nome dele volte a colocar um sorriso no seu rosto, ainda que o mundo acabe, existirá sempre esse abismo enorme entre os dois, que é a diferença infinita da definição de amor dele para o dela.

*inspirada num texto de Fel.

Comentários

  1. Hum.
    Tudo lindo por aqui eim.
    amar é tão complicado.
    esquisito.


    mas enfim, vim comentar que eu amo você;
    simples assim.

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