prioridade



apesar da cobiça geral e muitas vezes conveniente, tudo lhe proporcionava um nível de insatisfação desproporcional ao status de felicidade. até se sentia amada, algumas vezes admirada, outras até bem quista e desejada, mas ainda não estava bom. exigente? incoerente? ela batia o martelo e falava que não. era só uma canseira de tudo, uma sensação de nada que só crescia. quando quis dividir o que sentiu, percebeu: não tinha ninguém. e não precisava ter aquele que a amava, aquela que a admirava - para quem a desejava, não perdia nem tempo pensando - era tempo desperdiçado demais. exatamente como o tempo que ela gastou se aproveitando dessa conveniência mascarada de infelicidade: pequenos apreços  tão vastos em quantidade que ela não tituberaria nem um instante se pudesse trocá-los por apenas uma coisa: ser prioridade.

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